10 de outubro de 2010

Plano para o transporte não motorizado no Estado do RJ

O Rio de Janeiro pretende sair na frente dos demais estados e o lançar o primeiro plano de transporte não-motorizado do Brasil. A ideia é criar um modelo de transporte sustentável e garantir a melhora da mobilidade urbana em todo o seu território.


Depois de ser o primeiro estado da federação a utilizar biodiesel na frota de ônibus, o Rio será o primeiro também a ter um Plano Diretor de Transporte Não-motorizado. Através de um convênio firmado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Governo do Rio, via Secretaria de Transportes, está elaborando um amplo estudo para dotar as cidades da Região Metropolitana e do interior do estado de uma infraestrutura capaz de garantir uma mobilidade segura e adequada para pedestres e ciclistas.


Na próxima semana, quarta e sexta-feira (13 e 15/10), a Secretaria de Transportes realizará um grande seminário envolvendo 27 prefeituras do Rio, sendo 15 da Região Metropolitana e 12 do interior do estado. Entre os municípios que enviarão representantes da área de urbanismo e transportes estão Niterói, São Gonçalo, Maricá, Caxias, Nova Iguaçu e Belford Roxo. O objetivo é que cada prefeitura apresente ao Estado suas demandas, ideias e projetos que melhorem a mobilidade urbana para pedestres e ciclistas.


- A geografia das nossas cidades é um estímulo ao uso da bicicleta. A meta do Governo do Estado é aumentar significativamente a utilização de bicicleta em todas as cidades do Rio de Janeiro. Saber das prefeituras locais quais os equipamentos e instalações são necessários para facilitar o uso das bicicletas é o primeiro passo para efetivar nossa meta – comentou o secretário de Transportes, Sebastião Rodrigues.


Nesta sexta-feira, o secretário nacional de Transportes e da Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiz Carlos Bueno, esteve na secretaria acertando os últimos detalhes do seminário com o secretário. O Ministério das Cidades é um dos fomentadores da política de incentivo ao uso de bicicletas e implantação de ciclovias e bicicletários em diversas cidades do país, que se dá através do programa Bicicleta Brasil.


- Mais uma vez, o Rio de Janeiro nos surpreende por ser o primeiro estado do país a apresentar oficialmente um plano diretor de transportes não motorizado. Com certeza a conclusão desse trabalho vai servir como modelo para os demais estados brasileiros. O que vemos no Rio é um grande movimento pró-bicicleta, com eventos sensacionais como o Tour do Rio, a Copa Ligth de Ciclismo e os passeios ciclísticos que atraem milhares de pessoas. Esse é um movimento que tem que se espalhar por todo território nacional – disse Luiz Carlos Bueno.


O secretário de Transportes, Sebastião Rodrigues, que na semana que vem abrirá o seminário junto aos prefeitos e secretários de transportes dos municípios envolvidos, aproveitou a reunião com o secretário nacional de mobilidade para solicitar recursos para a instalação de bicicletários em pontos estratégicos da Região Metropolitana, como em terminais rodoviários e estações de trens.


- Recentemente, participei da inauguração de um bicicletário na rodoviária central de Maricá, que era uma antiga reivindicação dos moradores. A receptividade foi enorme e todos os dias o bicicletário fica lotado. Soluções simples como esta fazem muita diferença principalmente nas cidades da Região Metropolitana, onde muita gente vai de bicicleta até a rodoviária, principais pontos de ônibus ou a estação de trem, seguindo de lá para o trabalho – comentou o secretário.



Fonte: Secretaria de Transportes, Diário de Petrópolis (09.10.10)

7 de outubro de 2010

Ponta do Iceberg


Carioca já perde em média 1h30m no trânsito por dia. Calcule o tempo de vida social desperdiçado, por semana, por mês, por ano...



Pesquisa de Percepção 2009 do RCV mostrou que o tempo médio gasto no trajeto casa-trabalho é de 86,4 minutos. A nota dada ao serviço de transporte público foi 6,8. Com este quadro, 12% preferem carro particular, ajudando a engrossar os engarrafamentos.

Este ano, o dia mundial sem carro no Rio esbarrou, mais uma vez, na falta de articulação entre os atores, fragmentando o evento em ações inexpressivas e de pouco impacto para o cotidiano da cidade.

Rio Estado da Bicicleta, Rio Capital da Bicicleta, cadê?! Se alguém aí souber de alguma movimentação, por favor, me conte. Enxergar gentileza e civilidade no trânsito da nossa cidade está difícil.

A mobilidade é primordial para o desenvolvimento econômico, mas é de consenso geral que as tendências atuais não são sustentáveis. A tecnologia e os inúmeros avanços das últimas décadas deverão, sem dúvida, ajudar a resolver algumas das questões ligadas à mobilidade sustentável – as emissões de CO² e o aquecimento global, o forte aumento da demanda energética, a diminuição da poluição local, a segurança rodoviária e o congestionamento no trânsito.



Fonte: Jornal O Globo (29.09.10), Sistema de Indicadores Rio como vamos, Insituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Instituto Akatu