24 de fevereiro de 2010

Entrada Proibida



Bicicletas não são bem-vindas no 6º BPM.

No dia 23 de fevereiro estive no 6º BPM da Tijuca para buscar um registro de TRO e fui surpreendida com a proibição de minha entrada com a bicicleta.

Diante daquela situação e daquele pátio enorme e vazio, perguntei ao cabo por que não poderia deixar minha bicicleta do lado de dentro.

E a resposta foi: "Não, não pode..."

Eu insisti: Qual o problema da minha bicicleta ficar aqui dentro enquanto sou atendida?

Ele: "Não, porque isso vai me dar problema..."

Atendi a " autoridade" e aguardei o atendimento do lado de fora do Batalhão de olho na bicicleta por 40 minutos.

Que tipo de problema pode causar uma bicicleta estacionada?




14 de fevereiro de 2010

O Tombo de Outubro


Dia 11 de outubro de 2009, segunda vez da Ju em Miracema. Saímos do Rio no dia 10 de manhã, enfrentamos cinco horas de estrada com volta prevista para o dia seguinte à noite, depois da pedalada, pois a Ju teria plantão no dia seguinte às 8h.
Chegamos no sábado, pedalamos rapidamente à tarde até o Parque Ecológico Santa Rita, conhecemos o projeto do Lelo de reflorestar a área e voltamos até Miracema, pensando no pedal do dia seguinte. No dia esperado, um percurso longo, cheios de caminhos sinuosos e inclinados, paisagem rural, um dia lindo de sol. Ju com o espírito preparado para o desafio,  afinal, ia pedalar na minha terra, conhecer os boizinhos, vaquinhas...(ok, ela ja conhecia). Saimos às seis da manhã, nosso grupo era pequeno: André Xôxô, Ju, Alexandre, Zé Elias e eu.
Já pedalávamos há cinco horas. Ju era a última do pelotão numa descida muito íngrime, em velocidade aproximada de 50km/h. O chão era uma mistura de barro e pedra e nenhum santo ia fazer parar naquele momento. Santo não, mas uma pedra sim... A maldita pedra virou um muro em segundos, travou a roda da frente e no último minuto consciente, Ju só pensava na sua supertécnica de rolamento...rs.
O barulho da queda fez todo mundo frear (derrapar) por uns segundos até que me deparei com uma figura sentada, capacete torto e amassado, suja de barro até a alma, boca sangrando, por causa do aparelho, segurando o dedinho da mão. Ah, o dedinho...interrompeu a pedalada e a partir daí começa uma nova novela.


                                   

O resgate
Dedo deslocado, sol castigando e quase nenhum sinal no celular. Depois de prestar o socorro possível naquele momento, começou uma busca enlouquecida por sinal e tentar ligar para alguém. Em cima da cerca, no alto do pasto, até que conseguimos. O irmão do André foi socorrer o grupo, levou uns minutos da cidade até lá, mas conseguimos colocar as bicicletas (minha e da Ju) na caçamba do carro e partimos para o pronto socorro. O restante do pessoal seguiu de bike até lá. 
Envenenadas com o descaso dos hospitais do Rio, chegamos preocupadas com o atendimento. Além de conhecer boizinhos e vaquinhas, Ju também conheceu um posto médico que atende emergência (no sentido literal). O atendimento imediato foi surreal! Cuidaram dos ferimentos e o ortopedista, em sua casa, atendeu prontamente o chamado. Em minutos estava lá, distraindo a paciente e se preparando para o golpe certeiro. Do lado de fora dava para ouvir! Mas o som mais impressionante foi da risada da paciente, ensandecida porque conseguiu 5 dias de licença médica. Já na hora de sair, o restante do grupo chegou querendo notícias. Viramos o evento do posto médico, enfermeira querendo pedalar, pacientes curiosos e os ciclistas tirando foto.
Então, já que não tinha mais o plantão do dia seguinte, atrasamos nossa volta em um dia. 
O restante do dia foi de cuidados com os ferimentos e com o dedinho. Minha mãe e minha avó faziam competição de quem tinha a receita mais milagrosa. 
Assim, Ju passou a noite, temperada com sal e vinagre, pensando no restante da pedalada, que não completamos.


                                 



12 de fevereiro de 2010

Um mergulho na História do Homem e seus Resíduos”


O resíduo é um produto inevitável de qualquer ciclo de vida e de consumo. Jogar fora seus resíduos é consequentemente, um gesto cotidiano. Os homens pré-históricos jogavam fora os restos de comida no mesmo lugar em que comiam. Tais resíduos decompunham-se naturalmente na natureza.

Foi durante a Antiguidade greco-romana que surgiram as primeiras formas de depósito de lixo. Na Idade Média, as cidades desenvolveram-se e a população aumenta. Os resíduos acumulam-se nas ruas, em todos os recantos das cidades, poluindo até mesmo os rios. Em Paris, a sujeira e o lixo são tamanhos que, em 1184, Filipe Augusto ordena a pavimentação das principais ruas, aí criando canais e fossas centrais. A partir do sec. XVIII aparecem às primeiras regulamentações para remediar a falta de higiene. Os habitantes da capital têm a obrigação de limpar o espaço em frente à sua própria casa, uma vez por semana, e lhes é proibido deixar que sobre lixo. No entanto, a população não respeita o regulamento e recusa-se a levar os detritos até as instalações prevista para isso. A falta de disciplina e de consciência foi à causa de várias epidemias, particularmente a peste negra, de 1347, que dizimou milhões de pessoas na Europa.

Tudo tão familiar, não é mesmo? Além da nossa incessante capacidade de gerar resíduos é a velocidade com a qual os produzimos que irá determinar como continuamos a escrever essa história. Será ainda preciso esperar quanto tempo para despertarmos? Vivemos todos de forma interdependente e sob o mesmo teto.

Portanto a Reciclagem é, hoje, uma realidade no mundo, portanto colocar os

Três Rs na rotina da sua vida vai ajudar muito, porque combater o desperdício é, antes de tudo, uma mudança de hábito que proporciona melhoria da qualidade de vida, e um exercício de cidadania.

O primeiro R é de REDUZIR – ordem de primeira grandeza, consumir apenas o que é de fato necessário, evitando o consumo exagerado.

O segundo R é de REUTILIZAR – antes de simplesmente jogar fora, pense em outro tipo de uso, para isso basta apenas ser criativo.

O terceiro R é de RECICLAR – nessa última etapa, quanto todos os esforços de Redução e Reutilização não sejam mais plausíveis, cabe separar o que pode ser então reciclado.

O terceiro R é de RECICLAR – nessa última etapa, quanto todos os esforços de Redução e Reutilização não sejam mais plausíveis, cabe separar o que pode ser então reciclado.



Texto vinculado ao Jornal Eletrônico Dix Por Minuto - Edição 03
por Juliana DeCastro

Sacolas Reutilizáveis


Atenção!!!


AGORA é LEI: Lojas e supermercados têm prazo de até três anos para substituir as sacolas descartáveis pelas reutilizáveis.

PLÁSTICO: Durabilidade, estabilidade e resistência a desintegração.

As propriedades que fazem do plástico um dos produtos com maiores aplicações e utilidades aoconsumidor final, também o tornam um dos maiores vilões ambientais. Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas regiões mais inospitas. Segundo estimativas de oceanógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas nas profundezas dos mares. Por ironia, as notícias mais freqüentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmanteescalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação humana. Um estudo realizado pela entidade ambientalista Greenpeace, mostra que a concentração de material plástico nas águas atingiu níveis inéditos na história.

Boa parte das embalagens plásticas jogadas fora vão parar nos rios, que desaguam no mar. Esselixo se acumula em zonas de calmaria dos oceanos, como a que fica no meio do oceano Pacífico,considerada a maior concentração de detritos do mundo, duas vezes o tamanho dos Estados Unidos. Acredita-se que haja neste vórtex de lixo cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos.

Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas, bonecas, patos de borracha, tênis, isqueiros, sacolas plásticas, caiaques, malas e todo exemplar possível de ser feito com plástico. Essas lixeiras oceânicas nos afetam, e muito. Segundo o recente relatório do Greenpeace sobre a condição dos mares brasileiros, há um aumento do nível de contaminação da água dos mares por poluentes e lixo, que compromete a vida marinha. "No imaginário das pessoas, mar é sinônimo de praia, feriado e diversão. Mas os oceanos são vitais, responsáveis por 50% do oxigênio que respiramos, nos fornecem alimentos e são fundamentais para o equilíbrio da terra", afirma Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de oceanos do Greenpeace Brasil.

O plástico encontrado nos oceanos não é apenas aquele que se vê enfeando as praias, comosacolas e garrafas. Uma das principais ameaças vem de peças quase invisíveis, os chamados pellets, bolinhas com meio centímetro de diâmetro utilizadas como matéria-prima pelas indústrias. Apenas uma delas apresenta concentração de poluentes até 1 milhão de vezes maior que a da água onde se encontra, envenenando os cardumes que a ingerem. Um estudo feito neste ano por pesquisadores da Universidade de São Paulo mostrou que em Santos, no litoral paulista, cada meio metro cúbico de areia da praia contém até 20.000 pellets. Hoje o plástico já responde por 70% da poluição marinha por resíduos sólidos.

O mundo produz atualmente 230 milhões de toneladas de produtos plásticos por ao - contra 5 milhões na década de 50. Cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fração vêm de terra firme. Segundo PNUMA, o programa das nações unidas para o meioambiente, este plástico é responsável pela morte de mais de um milhão de aves marinha todos os anos. Sem contar toda a outra fauna que vive nesta área, como tartarugas marinhas, tubarões, e centenas de espécies de peixes. E para piorar essa sopa plástica pode funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes persistentes,qualquer animal que se alimentar nestas regiões estará ingerindo altos índices de venenos, que podem ser introduzidos, através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo, na mais pura verdade de que o que fazemos à terra retorna à nós, seres humanos.

Para aqueles que ainda não se convenceram, aqui estão mais informações para deixar a preguiça de lado e dizer não as sacolinhas de plástico.

1. Você não recicla as sacolinhas ao usá-las na lixeira!

2. A sacolinha plástica demora 400 anos para se decompor

3. São as principais vilãs dos alagamentos urbanos, pois entopem os bueiros. Portanto, quanto menos pessoas usarem sacolinhas de plástico, mais as redes de supermercado vão SE TOCAR que nem todo mundo quer viver consumindo 93 sacolinhas por ano. Não só recicle, substitua produtos plásticos por outros que se decompõe.

Portanto, quanto menos pessoas usarem sacolinhas de plástico, mais as redes de supermercado vão SE TOCAR que nem todo mundo quer viver consumindo 93 sacolinhas por ano.



Texto vinculado ao Jornal Eletrônico Dix Por Minuto - Edição 05
por Juliana DeCastro


Carta ao Inquilino

Um pedido de cuidado com a nossa Casa, pois muitos de nós temos dificuldade em perceber que somos parte integrante de uma rede complexa e interligada.


Carta ao Inquilino


Senhor morador,


Gostaríamos de informar que o contrato de aluguel que acordamos há bilhões de anos atrás está vencendo. Precisamos renová-lo, porém temos que acertar alguns pontos fundamentais:

1. Você precisa pagar a conta de energia. Está muito alta! Como você gasta tanto?

2. Antes eu fornecia água em abundância, hoje não disponho mais desta quantidade. Precisamos renegociar o uso.

3. Por que alguns na casa comem o suficiente e outros estão morrendo de fome, se o quintal é tão grande? Se cuidar da terra vai ter alimento para todos!

4. Você cortou as árvores que dão sombra, ar e equilíbrio. O Sol está quente e o calor aumentou. Você precisa replantar novamente!

5. Todos os bichos e as plantas do imenso jardim devem ser cuidados e preservados. Procurei alguns animais e não os encontrei. Sei que quando aluguei a casa eles existiam...

6. Precisam verificar que cores estranhas estão no céu! Não vejo o azul!

7. Por falar em lixo, que sujeira, hein??? Encontrei objetos estranhos pelo caminho! Isopor, pneus, plásticos...

8. Não vi os peixes que moram nos rios e lagos. Vocês pescaram todos? Onde estão?

Gostaria de ter você sempre comigo, mas tudo tem um limite. Você pode mudar!

Para refletir: "O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer."

Não se Omita, MOVA-SE, AINDA HÀ TEMPO! A RESPONSABILIDADE É DE TODOS!

Texto vinculado ao Jornal Eletrônico Dix Por Minuto - Edição 04
por Juliana DeCastro